Olhar para a gestão de uma equipa de trabalho como uma unidade sociotécnica dinamicamente focada na realização do que depende exclusivamente do seu desempenho, descurando as tensões estruturais na organização e na sociedade em que ela se insere, significa fazer uma gestão que ignora o contexto que de algum modo determina esse desempenho.

São vários fatores de contexto que podem interferir com o desempenho de uma equipa e condicionar a sua gestão. Veja-se de seguida como alguns destes fatores podem ter um maior impacto no desempenho de uma equipa.

 Um dos fatores mais importantes e de carater estrutural são as crenças e atitudes partilhadas que, ao longo da história de uma organização, vieram a sedimentar a sua cultura. As tensões que existam entre os valores praticados fazem igualmente parte da cultura organizacional. Saber em que medida essa cultura favorece ou prejudica o desempenho bem-sucedido de uma equipa pode ser um fator decisivo para a sua boa gestão.

O conjunto de regras que regem o comportamento organizacional e a maior ou menor resistência ao seu cumprimento é igualmente um fator estrutural que pode influenciar o desempenho de uma equipa. Geri-la bem é também fazer com que o seu comportamento obedeça a essas regras sem que isso constitua um elemento perturbador do seu trabalho.

É de caracter estrutural a tensão entre as exigências de desempenho da equipa e a necessidade de cada um dos seus membros de ter uma vida familiar e comunitária feliz. A procura de equilíbrio entre os planos da vida profissional e da vida pessoal é um desafio da maior importância para o gestor de equipas.